Vereador e médico é afastado após prisão por estupro e material infantil em MT

O vereador e médico Antônio Francisco da Silva Neto, do município de Juína (MT), foi afastado do cargo pela Câmara Municipal após ser preso por estupro e por armazenar material de abuso sexual infantil. A decisão foi tomada por meio de um Projeto de Lei (PL) aprovado em sessão extraordinária nesta segunda-feira (2).

A prisão de Antônio Francisco ocorreu no último sábado (31), durante a operação da Polícia Civil que cumpriu mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão na residência e no consultório particular do investigado.

Prisão em flagrante e apreensão de materiais

Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores e pen drives com conteúdos relacionados a abuso sexual infantil. Segundo a polícia, o vereador também é suspeito de cometer estupro contra pelo menos uma criança.

A investigação corre sob sigilo judicial, mas a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) confirmou que há indícios robustos e provas materiais que justificaram o pedido de prisão.

Câmara aprova afastamento imediato

O afastamento foi aprovado por maioria absoluta dos vereadores em uma votação relâmpago realizada em caráter de urgência. O PL prevê que o parlamentar permaneça fora do exercício do mandato enquanto durarem as investigações criminais.

Segundo o presidente da Câmara, a decisão visa preservar a integridade do Legislativo e evitar interferências no andamento do processo judicial.

Perfil do investigado: médico e político

Além de vereador, Antônio Francisco atua como médico na rede pública e privada de Juína. Ele já havia sido alvo de outras denúncias envolvendo condutas inadequadas no exercício da medicina, mas nunca havia sido formalmente punido até então.

Investigação segue em sigilo

A Polícia Civil segue apurando o alcance dos crimes e a possível existência de mais vítimas. Todo o conteúdo apreendido será periciado, e novas diligências já estão previstas.

O caso gerou grande repercussão na cidade e levantou debates sobre ética, proteção da infância e responsabilização de agentes públicos.