Mato Grosso iniciou, nesta terça-feira (4), o período do vazio sanitário da soja, que se estende até o dia 2 de setembro. A ação é uma estratégia preventiva contra a ferrugem asiática, uma das doenças mais agressivas que afetam a lavoura. Nesse intervalo de 90 dias, fica proibido manter qualquer planta viva de soja nos campos.
O principal objetivo é interromper o ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, reduzindo sua presença no ambiente. Sem a planta hospedeira, o fungo não sobrevive, o que ajuda a diminuir o uso de fungicidas na próxima safra e evita prejuízos expressivos, que podem chegar a 90% da produção.
A fiscalização do cumprimento da medida será feita pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). Produtores que descumprirem a determinação estão sujeitos a penalidades, como multas e embargos na propriedade.
Durante o vazio sanitário, os agricultores devem eliminar as chamadas plantas voluntárias — aquelas que nascem espontaneamente —, já que elas também podem abrigar o fungo. Além disso, é recomendável manter registros das ações de controle realizadas e comunicar ao Indea qualquer suspeita da presença da praga.
A medida é fundamental para garantir uma produção mais segura e sustentável, com menor dependência de defensivos químicos e melhor rendimento das lavouras na próxima temporada.
Fonte: G1 Mato Grosso