Durante sua visita ao Oriente Médio, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país está próximo de um novo acordo nuclear com o Irã. Segundo ele, as negociações avançaram significativamente nas últimas semanas e envolvem principalmente o compromisso de Teerã em limitar o enriquecimento de urânio — medida essencial para impedir o desenvolvimento de armas nucleares.
Trump declarou que o Irã aceitou parte das condições propostas pelos americanos, o que inclui o congelamento temporário do enriquecimento e a permissão para inspeções internacionais em suas instalações nucleares. Em troca, os Estados Unidos consideram suspender algumas sanções econômicas que vêm afetando duramente a economia iraniana.
Apesar dos avanços, o governo iraniano mantém uma posição firme. O presidente Masoud Pezeshkian ressaltou que o país não abrirá mão de seu direito ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos e que “a dignidade nacional não está em negociação”. Ele também afirmou que o Irã seguirá seu caminho com ou sem a aprovação de Washington.
Trump, por sua vez, fez um alerta enfático ao afirmar que, caso o acordo não seja concluído, o mundo poderá testemunhar “uma violência jamais vista”. O tom da declaração reforça a tensão que ainda cerca o impasse geopolítico, mesmo diante da possibilidade de entendimento.
A repercussão do anúncio teve reflexos imediatos no mercado internacional. O otimismo quanto a uma possível estabilidade na região provocou queda nos preços do petróleo. O barril do Brent e do WTI recuaram mais de 3%, indicando que os investidores enxergam a negociação como um caminho viável para amenizar os riscos no Oriente Médio.
O novo acordo, se firmado, representará um marco importante após o colapso do pacto anterior, encerrado durante o governo Trump em 2018. Agora, os dois países tentam encontrar um ponto de equilíbrio entre segurança internacional, soberania nacional e interesses econômicos.
Fontes: AP News