O julgamento de Jonathan Messias Santos da Silva, torcedor do Flamengo acusado de matar a jovem Gabriela Anelli Marchiano, de 23 anos, teve início nesta segunda-feira (19) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Gabriela, integrante da torcida organizada Mancha Verde, morreu em julho de 2023 após ser atingida por estilhaços de uma garrafa arremessada durante uma confusão entre torcedores nas proximidades do Allianz Parque.
O incidente ocorreu quando um grupo de palmeirenses invadiu a área destinada à torcida do Flamengo. Jonathan foi identificado como o autor do arremesso por meio de imagens de câmeras de segurança, reconhecimento facial e um laudo técnico que simulou o trajeto da garrafa. Na época, ele trabalhava como professor e diretor-adjunto de uma escola no Rio de Janeiro e está preso preventivamente desde o ocorrido.
Ele responde pelo crime de homicídio doloso com dolo eventual, que ocorre quando o agente assume o risco de causar a morte, mesmo que não haja intenção direta. A defesa alega que o acidente foi uma fatalidade, sem intenção criminosa.
O júri popular terá a responsabilidade de analisar todas as provas apresentadas para decidir a condenação. Caso seja considerado culpado, Jonathan pode cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão.
Esse caso evidencia a gravidade da violência entre torcidas organizadas e reforça a necessidade de medidas mais rigorosas para garantir a segurança em eventos esportivos.