A Prefeitura de São Paulo tomou uma medida drástica para enfrentar o baixo desempenho dos alunos nas escolas municipais: o afastamento de 25 diretores. A decisão foi baseada nos resultados das avaliações externas de 2023, como o Ideb e o Idep, que indicaram que as unidades escolares sob a gestão desses diretores tiveram resultados insatisfatórios.
Esses profissionais, que atuavam em escolas de tempo integral há pelo menos quatro anos, ficarão afastados até o fim do ano letivo. Durante esse período, participarão de um programa intensivo de requalificação chamado Programa Juntos pela Aprendizagem, que foi lançado recentemente pela Secretaria Municipal de Educação. A iniciativa prevê vivências em outras escolas e tem como objetivo aprimorar a gestão pedagógica para promover a melhoria no aprendizado dos estudantes.
Enquanto isso, outros membros da rede municipal assumirão temporariamente a gestão das escolas afetadas. Importante destacar que os diretores afastados continuarão recebendo seus salários normalmente durante o período de formação.
Apesar da intenção de elevar a qualidade da educação pública, a medida gerou críticas de educadores e parlamentares. Muitos defendem que os resultados negativos refletem questões socioeconômicas e estruturais que vão além da responsabilidade direta dos diretores. Também apontam a falta de diálogo prévio e a necessidade de políticas mais abrangentes para resolver os problemas das escolas.
A Prefeitura, por sua vez, reforça que a ação tem o propósito de fortalecer a gestão escolar e garantir a oferta de uma educação de qualidade para todos os alunos, alinhada com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Currículo da Cidade.