A Polícia Civil de São Paulo identificou indícios de que parte do valor envolvido no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a empresa de apostas Vai de Bet pode ter sido repassado a uma empresa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A suspeita surgiu após a análise de movimentações financeiras da intermediária Rede Social Media Design, contratada para operacionalizar os pagamentos entre o clube e a patrocinadora. De acordo com os investigadores, há evidências de que a empresa é controlada por pessoas próximas a integrantes da facção criminosa.
O contrato entre Corinthians e Vai de Bet foi assinado em janeiro de 2024, com valor estimado em R$ 370 milhões ao longo de três anos. A patrocinadora já pagou R$ 25 milhões ao clube, e a intermediação da Rede Social Media Design levantou suspeitas ao repassar parte desses valores a outras empresas vinculadas ao esquema.
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou que o clube não tinha conhecimento sobre eventuais irregularidades e que irá colaborar com as autoridades. A Vai de Bet, por sua vez, declarou que está apurando internamente os detalhes da operação.
A investigação continua, com foco em esclarecer se houve lavagem de dinheiro e financiamento de atividades ilegais por meio do contrato de patrocínio.