Oposição acusa Nunes de obstruir CPIs

A guerra política na Câmara Municipal de São Paulo aumentou com as acusações de obstrução às CPIs sobre as Habitações de Interesse Social (HIS) e as enchentes no Jardim Pantanal, zona Leste da cidade. Vereadores da oposição alegam que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tenta bloquear a instalação das comissões. As CPIs foram aprovadas no início de abril e buscam investigar possíveis fraudes e a gestão de enchentes.

Cronologia das CPIs:

• 2 de abril de 2025: A Câmara Municipal aprova a criação de duas CPIs:

  • CPI das Habitações de Interesse Social (HIS): Visa investigar fraudes na venda de moradias populares.

  • CPI das Enchentes no Jardim Pantanal: Busca apurar as causas das enchentes que atingiram a região no início do ano.

• Até 17 de abril de 2025: Prazo para as lideranças partidárias indicarem os membros para as CPIs.

Alegações de Obstrução:

A oposição acusa a base do prefeito de tentar impedir a formação das CPIs, pressionando para que as indicações não aconteçam. Os vereadores afirmam que o prefeito teme as investigações sobre as construtoras e o planejamento urbano no Jardim Pantanal.

Objetivos das CPIs:

• CPI das HIS: Investigar construtoras que comercializaram unidades habitacionais destinadas a famílias de baixa renda de maneira irregular.

• CPI das Enchentes no Jardim Pantanal: Apurar as causas das enchentes na região e buscar responsabilidades e soluções.

Ações Legais:

Diante da obstrução, o PT e o PSOL protocolaram um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de São Paulo, buscando a instalação das CPIs. A ação visa forçar o presidente da Câmara a nomear os membros das comissões.

Reações:

O prefeito Ricardo Nunes não se manifestou diretamente, mas sua base aliada propôs alternativas, como a criação de outras comissões para investigar outros temas, tentando desviar o foco das CPIs.

A disputa pelas CPIs destaca as tensões políticas no Legislativo paulistano, com a oposição buscando fiscalizar a gestão do prefeito Nunes. O desfecho dependerá das decisões judiciais e das articulações políticas.

Fonte: Brasil de Fato