Médico de Hospital Público no DF Chega Bêbado para Plantão, Tenta Fugir e é Preso Pela Polícia: O Que Aconteceu e Quais Serão as Consequências?

O Incidente: Médico Bêbado no Plantão do Hospital Regional de Samambaia

Na madrugada de sábado (14 de dezembro de 2024), um episódio alarmante ocorreu no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), no Distrito Federal. O clínico geral Izailson Chaves Rocha de França, de 46 anos, chegou para o plantão aparentemente embriagado, o que rapidamente foi notado pelos pacientes e acompanhantes. Durante o atendimento, ele demonstrou sinais evidentes de embriaguez, como dificuldades motoras e falas desconexas. Uma acompanhante, indignada com o comportamento do médico, gravou um vídeo que logo circulou nas redes sociais, gerando grande repercussão.

O Vídeo Impactante

No vídeo filmado por uma acompanhante, é possível ver Izailson tentando operar um computador, mas falhando repetidamente, o que causou frustração entre os presentes. A acompanhante crítica diretamente o médico, questionando sua capacidade de oferecer o atendimento adequado, visto que ele estava em evidente estado de embriaguez. O vídeo rapidamente se tornou viral, gerando indignação em toda a comunidade.

“Isso é um absurdo. Você não está conseguindo nem ligar o computador! Como um médico pode estar assim?”, declarou a acompanhante no vídeo, enquanto o médico parecia confuso e com dificuldades para executar tarefas simples.

Tentativa de Fuga e Prisão: O Médico e a Polícia Militar

A situação tomou um rumo ainda mais grave quando Izailson tentou fugir do hospital após ser confrontado sobre sua condição. Testemunhas afirmam que, ao perceber que a polícia estava a caminho, o médico se dirigiu ao seu carro, mas dirigiu de maneira errática e em alta velocidade, furando pneus e batendo em um carro estacionado durante a fuga.

A Polícia Militar foi acionada e, após uma breve perseguição, conseguiu localizar o médico a cerca de 4 quilômetros do hospital, na quadra 122 de Samambaia. O veículo foi encontrado com as portas abertas e os pneus furados, e Izailson apresentava sinais evidentes de desorientação devido ao álcool.

Sinais de Alcoolismo: O Comportamento Desorientado do Médico

Durante a abordagem, os policiais notaram a “séria desorientação” do médico, incluindo falas desconexas e olhos avermelhados, sinais claros de embriaguez. Além disso, a polícia descobriu que ele estava dirigindo com a carteira de motorista vencida.

“Ele estava muito desorientado e com sinais claros de alcoolismo. Não conseguiu manter uma conversa coerente, o que só confirmou que ele estava em um estado inadequado para atuar em sua profissão”, declarou o porta-voz da PM, Ítalo Lopo.

Izailson foi preso em flagrante e levado à 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia Norte, onde foi autuado por embriaguez ao volante e outros possíveis crimes relacionados ao comportamento impróprio.

A Paciente e o Atendimento Negligente: Impacto na Saúde e Bem-Estar

O incidente afetou diretamente os pacientes no Hospital Regional de Samambaia. Uma das pacientes presentes no local, que preferiu não se identificar, relatou que estava aguardando a liberação de sua alta médica desde as 2h da madrugada, após a medicação ter se esgotado. A paciente ficou sentada por horas, esperando o plantão do médico Izailson para que pudesse receber a alta e ir para casa.

No entanto, quando o médico chegou ao hospital, ele estava sem identificação, sem jaleco e sem crachá, o que já levantou suspeitas sobre seu estado. A paciente relatou que tentou chamar a atenção do médico, batendo na porta do consultório, e só obteve resposta após empurrá-la, encontrando Izailson deitado no sofá, com a mão sobre os olhos e visivelmente alterado.

Relato da Paciente: A Falta de Profissionalismo e Responsabilidade

“Eu estava em dor intensa e não consegui receber a alta. Quando finalmente entrei no consultório, ele estava completamente fora de si. Era óbvio que ele não tinha condições de realizar um atendimento adequado”, relatou a paciente, que ficou profundamente preocupada com a negligência do médico e a falta de responsabilidade profissional.

O Médico e Sua Remuneração: O Caso de Izailson Chaves Rocha de França

Izailson Chaves Rocha de França, o médico envolvido no caso, recebe um salário líquido de R$ 18 mil, conforme dados do Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal (GDF). A discrepância entre sua remuneração e o comportamento negligente gerou críticas por parte da população e de profissionais da área de saúde, que destacam a importância de um atendimento sério e responsável em instituições públicas.

O Que Diz a Secretaria de Saúde do DF?

Em resposta ao incidente, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) se manifestou, lamentando profundamente o ocorrido e assegurando que está colaborando com as investigações em andamento. A SES-DF enfatizou seu compromisso com a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes, repudidando qualquer atitude que coloque em risco a saúde pública.

Nota Oficial da Secretaria de Saúde: Garantia de Investigação Rigorosa

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informa que está ciente da situação envolvendo o médico acusado de estar alcoolizado durante o exercício de suas funções. A SES-DF repudia qualquer atitude que comprometa a qualidade e a segurança do atendimento à população. O caso já está sendo investigado pela Controladoria Setorial da Saúde.

A Secretaria reforça que “todas as medidas legais e administrativas serão adotadas para garantir a devida responsabilização do profissional”.

O Que Esperar das Investigações?

A Controladoria Setorial da Saúde do Distrito Federal está conduzindo a apuração sobre os acontecimentos e o comportamento do médico. A investigação visa garantir que os profissionais de saúde do sistema público de saúde sigam padrões éticos e cumpram suas funções de maneira responsável, sem comprometer o atendimento à população.

O Impacto no Sistema de Saúde e as Expectativas para o Futuro

Este incidente destaca uma falha grave na prestação de serviços públicos de saúde e levanta questões sobre a fiscalização e controle dos profissionais que atuam nas unidades públicas. O caso também serve como um alerta para a necessidade de reforçar os protocolos e garantir que os profissionais estejam sempre aptos a desempenhar suas funções com seriedade e responsabilidade.

À medida que as investigações prosseguem, espera-se que sejam tomadas medidas rigorosas para evitar que situações semelhantes ocorram, protegendo os direitos dos pacientes e a integridade do sistema de saúde.