Mato Grosso se destacou no cenário nacional ao registrar, no primeiro trimestre de 2025, a terceira menor taxa de desemprego do país, com 3,5%. O estado ficou atrás apenas de Santa Catarina (3,0%) e Rondônia (3,1%), segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com uma leve alta em relação ao último trimestre de 2024, quando o índice estava em 2,5%, Mato Grosso se mantém entre as unidades federativas com melhor desempenho no mercado de trabalho.
Apesar da variação, o número absoluto de pessoas desempregadas praticamente não sofreu alteração, passando de 2,83 milhões para 2,827 milhões. Esse cenário reflete a resiliência do estado frente a um contexto nacional que mostrou piora: a taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,0% no mesmo período, com 12 das 27 unidades da federação apresentando aumento no índice de desocupação.
As maiores taxas foram registradas nos estados do Nordeste, com destaque para Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%). Por outro lado, o nível de ocupação também coloca Mato Grosso em posição de destaque. O estado atingiu um índice de 68,4%, o maior do país, superando Santa Catarina (67,0%) e Goiás (65,3%).
Outro fator importante observado na pesquisa foi o recuo no número de pessoas que buscam trabalho há dois anos ou mais. Esse contingente caiu para 1,4 milhão de pessoas, menor patamar desde 2015 para um primeiro trimestre. A pesquisa também evidenciou diferenças de gênero: a taxa de desemprego entre mulheres foi de 8,7%, enquanto entre os homens ficou em 5,7%.
A informalidade, que segue sendo um desafio no país, atingiu 38% da população ocupada, com destaque negativo para Maranhão, Pará e Piauí — todos com índices superiores a 54%. Em contrapartida, os menores percentuais foram registrados em Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo.
Mesmo com o comportamento sazonal do desemprego — normalmente mais alto no início do ano por conta do fim dos contratos temporários — Mato Grosso mantém um desempenho sólido e consistente, reforçando seu papel como um dos estados com melhores condições de empregabilidade no Brasil.
Fontes: IBGE, Primeira Página.