O governo de Mato Grosso decretou estado de emergência zoossanitária por 180 dias em decorrência da confirmação do vírus da gripe aviária (Influenza Aviária H5N1) no estado. A decisão foi oficializada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira, 10 de junho, e tem como objetivo principal conter a disseminação do vírus, que representa uma ameaça significativa à saúde das aves e à produção avícola local.
O caso confirmado ocorreu em uma ave silvestre da espécie maçarico, encontrada no município de Barão de Melgaço, na região do Pantanal mato-grossense, a cerca de 120 quilômetros da capital Cuiabá. Essa descoberta acende o sinal de alerta para as autoridades, que agora intensificam as ações de monitoramento e controle, tanto para proteger as aves domésticas quanto para evitar qualquer risco à saúde pública.
A gripe aviária H5N1 é conhecida por sua alta contagiosidade entre as aves e, embora a transmissão para humanos seja rara, ela exige cuidado rigoroso. Desde 2023, o Brasil tem registrado casos da doença em aves silvestres, levando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a reforçar os protocolos de vigilância em todo o território nacional. Mato Grosso torna-se assim o 11º estado a confirmar a presença do vírus, o que exige a implementação de medidas emergenciais para evitar que a doença se espalhe para outras regiões e, principalmente, para as granjas comerciais.
Entre as principais ações adotadas estão o monitoramento rigoroso das aves, tanto silvestres quanto domésticas, além de restrições no transporte e comercialização de aves nas áreas consideradas de risco. O decreto também prevê o isolamento sanitário das zonas onde o vírus foi detectado, obrigando ainda a comunicação imediata de qualquer suspeita para os órgãos competentes.
Apesar do alerta, Mato Grosso mantém, até o momento, seu status livre da Influenza Aviária de alta patogenicidade em aves comerciais, uma condição que é essencial para preservar a integridade da cadeia produtiva e a reputação do estado como um dos grandes polos avícolas do país. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reforça que o Brasil segue adotando todas as medidas necessárias para manter a segurança dos produtos avícolas e evitar sanções no comércio internacional.
Para a população, a recomendação é evitar contato com aves doentes ou mortas e não manipular aves silvestres. Caso haja suspeita de alguma alteração no comportamento das aves, é fundamental notificar imediatamente o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) ou a Secretaria de Saúde local. Além disso, seguir todas as orientações de biossegurança divulgadas pelos órgãos oficiais é imprescindível para minimizar os riscos e proteger a saúde pública.
Fontes:
G1 Mato Grosso