Na manhã desta quinta-feira (5), Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola — líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) — foi transferido para o Hospital de Base de Brasília para a realização de exames médicos de rotina. Devido ao alto risco envolvendo sua custódia, o procedimento foi acompanhado por um esquema especial de segurança organizado pela Polícia Penal Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
O atendimento contou com um protocolo rigoroso: o ambulatório da unidade foi temporariamente fechado e o subsolo isolado para garantir total segurança durante os exames. Essa medida visa preservar a integridade de todos os envolvidos, evitar qualquer tentativa de fuga ou ação criminosa e manter a ordem no hospital.
Segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Marcola foi submetido a uma ressonância magnética no joelho. O exame foi solicitado após ele sofrer uma torção durante atividade física no presídio, com suspeita de rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA), uma lesão comum que requer acompanhamento especializado e cuidados médicos constantes.
Apesar do grande aparato policial chamar a atenção de pacientes e acompanhantes, o IgesDF assegurou que os demais atendimentos na unidade seguiram normalmente, sem causar transtornos ou atrasos na rotina hospitalar.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou que, por questões de segurança, não divulga detalhes sobre o deslocamento de detentos custodiados no Sistema Penitenciário Federal, mantendo sigilo absoluto para preservar a segurança das operações.
Marcola está preso desde 1999 e cumpre uma pena de 330 anos na Penitenciária Federal de Brasília, considerada uma das unidades mais seguras do país. A operação realizada no Hospital de Base reforça a necessidade de protocolos especiais para atendimento médico de presos de alta periculosidade, visando proteger tanto os profissionais de saúde quanto a sociedade em geral.