Jeffrey Epstein foi um financista americano conhecido não apenas por sua fortuna, mas principalmente por sua condenação por crimes gravíssimos ligados ao tráfico sexual de menores. Nascido em 1953 no Brooklyn, Nova York, Epstein iniciou sua trajetória profissional como professor antes de ingressar no mundo das finanças, onde acumulou grande riqueza e passou a frequentar círculos sociais influentes.
Sua carreira teve um ponto de virada quando surgiram denúncias em 2005 sobre abusos sexuais contra menores, cometidos em suas propriedades na Flórida. Em 2008, Epstein foi condenado por solicitar prostituição de menores, um crime pelo qual cumpriu pouco mais de um ano de prisão com liberdade condicional. Apesar dessa condenação, o caso parecia ter sido relativamente encerrado até que, em 2019, ele foi preso novamente sob acusações federais mais graves relacionadas ao tráfico sexual de menores. Sua morte em agosto daquele ano, dentro da prisão, gerou controvérsias e inúmeras teorias, pois oficialmente foi registrada como suicídio, mas muitos questionaram as circunstâncias.
Um dos aspectos que tornaram o caso Epstein tão complexo e repercutido internacionalmente foram suas conexões com pessoas de grande influência. Entre elas, Donald Trump, que conheceu Epstein nos anos 1980 e chegou a elogiá-lo publicamente em 2002, mas depois negou qualquer relação próxima. Bill Clinton também teve contato com Epstein, chegando a voar em seu jato particular para supostas missões humanitárias, embora tenha negado envolvimento em atividades ilícitas. Já o Príncipe Andrew foi acusado de abusos sexuais relacionados ao caso, o que ele nega. Outro personagem central é Ghislaine Maxwell, associada íntima de Epstein, que foi condenada por ajudar a organizar o tráfico sexual de menores.
A morte de Epstein não encerrou as investigações, muito pelo contrário. Seu falecimento levantou dúvidas sobre possíveis cúmplices e o verdadeiro alcance da rede de tráfico. Em 2021, Ghislaine Maxwell foi condenada, apontando para uma estrutura complexa e poderosa por trás dos crimes.
Mais recentemente, em junho de 2025, o empresário Elon Musk trouxe à tona uma nova polêmica ao afirmar que Donald Trump estaria listado nos arquivos de Epstein, sugerindo que isso poderia explicar a retenção de documentos importantes sobre o caso. Trump negou envolvimento e ressaltou que não mantém relação com Epstein desde 2004.
O caso Epstein continua a mobilizar debates sobre abuso de poder, impunidade e a necessidade de transparência nas investigações envolvendo figuras públicas. A repercussão permanece viva e as autoridades ainda buscam esclarecer todas as conexões ligadas ao criminoso condenado.