Pela primeira vez na história de Mato Grosso, uma liderança indígena vai assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa (ALMT). O marco representa um avanço significativo na luta por representatividade e no reconhecimento dos povos originários dentro das instituições públicas do estado.
Esse feito é reflexo de uma mobilização crescente das comunidades indígenas, que vêm conquistando espaços de voz e decisão. A entrada de uma liderança originária no parlamento estadual pode ampliar a discussão sobre políticas públicas específicas, como saúde, educação intercultural, proteção de territórios e valorização das tradições indígenas.
Dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE reforçam a relevância desse momento: Mato Grosso tem a segunda maior população indígena do país, com mais de 43 mil pessoas autodeclaradas indígenas — o que representa 1,55% da população estadual. Em Campinápolis, por exemplo, mais da metade dos habitantes é indígena, com forte presença das etnias Xavante e Bororo.
A posse reforça o direito dos povos indígenas à participação ativa nos espaços de decisão política e aponta para uma mudança importante no cenário legislativo estadual, onde a diversidade cultural e étnica ainda enfrenta resistência para ser plenamente reconhecida.
Fonte: G1 Mato Grosso