Neste domingo, 25 de maio de 2025, a Venezuela voltou às urnas para as eleições locais e legislativas, que definem 24 governadores e 285 deputados da Assembleia Nacional. O processo ocorre em meio a uma grande tensão política, pois a oposição está dividida entre quem pede o boicote e quem defende a participação.
María Corina Machado, uma das principais líderes oposicionistas, classificou a eleição como uma “enorme farsa” e incentivou a população a não votar, buscando deslegitimar o pleito. Já Henrique Capriles, outro líder da oposição, adotou posição contrária, defendendo que participar do processo eleitoral é uma forma de resistência contra o governo de Nicolás Maduro.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela organização do pleito, é acusado pela oposição de favorecer o governo, fato que contribui para a baixa adesão nas urnas. Uma novidade nesta eleição foi a inclusão pela primeira vez do território de Essequibo, disputado entre Venezuela e Guiana, para escolha de governador.
Apesar da contestação, o governo de Maduro mantém que as eleições refletem a democracia no país e espera consolidar seu controle político com a manutenção da maioria na Assembleia Nacional.
O clima de incerteza e o baixo índice de participação evidenciam a complexidade do cenário político venezuelano, marcado por conflitos internos e pela polarização entre governo e oposição.
Fontes:
G1 — Notícia original