Edson Aparecido da Silva, conhecido como Edson Café, ex-integrante do grupo Raça Negra, faleceu aos 69 anos em São Paulo. Ele foi encontrado desacordado na zona leste da cidade e levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde não resistiu. As causas da morte ainda são investigadas pela Polícia Civil.
Edson foi um músico fundamental para o sucesso do Raça Negra, banda que se tornou referência do pagode nos anos 1990. Como violonista e pandeirista, ele contribuiu para hits que marcaram época, como “Cheia de Manias” e “Cigana”. Sua habilidade musical e presença nos palcos foram importantes para consolidar o estilo e o reconhecimento do grupo.
Entretanto, a trajetória de Edson não foi marcada apenas pela fama. Após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), ele perdeu os movimentos dos braços, o que o afastou definitivamente dos palcos. Além disso, enfrentou problemas pessoais, incluindo a dependência química, que o levou a viver por períodos em situação de rua.
Apesar das dificuldades, Edson tentou se reerguer. Chegou a buscar tratamento e morou com os filhos no Rio de Janeiro, mas sofreu recaídas que o fizeram retornar à vida nas ruas de São Paulo. Em uma entrevista em 2020, ele revelou as dificuldades de quem vive nessa condição: “Estava propenso à recaída. Não tem como morar na rua e não fumar um baseado, não dá”.
Mesmo diante desses desafios, Edson Café deixa um legado musical significativo, que influenciou gerações de pagodeiros e fãs do gênero. Sua história de luta e superação é lembrada como um exemplo de resiliência, e o grupo Raça Negra continua ativo, mantendo viva a memória de seus integrantes e suas contribuições para a música brasileira.
Fontes: G1