Na manhã desta sexta-feira (6), a Prefeitura de Diadema realizou uma operação para demolir comércios localizados na comunidade do Pombal, no bairro Serraria. O objetivo da ação foi conter o apoio desses estabelecimentos aos bailes funks clandestinos, conhecidos popularmente como “fluxos”, que há muito tempo causam incômodo e transtornos para os moradores da região.
A iniciativa, contudo, gerou revolta entre os moradores e comerciantes, que afirmam terem sido surpreendidos pela medida sem qualquer aviso prévio. Segundo eles, não houve diálogo ou tempo para apresentar defesa ou regularizar suas atividades, o que intensificou o sentimento de descontentamento e insegurança na comunidade.
A gestão do prefeito Taka Yamauchi tem adotado uma postura firme contra os chamados “pancadões”, com ações que incluem a reativação da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e o reforço da Guarda Civil Municipal. Essas medidas visam reduzir a violência e o barulho excessivo que costumam acompanhar os bailes, especialmente durante a madrugada.
Apesar da justificativa da prefeitura de que tais ações são necessárias para garantir a ordem pública e a segurança, moradores destacam que o problema é antigo e não deve ser combatido apenas com demolições pontuais. Eles apontam para a falta de alternativas de lazer e atividades para os jovens como um fator importante para a persistência dos eventos.
A comunidade do Pombal está dividida: parte apoia as medidas mais duras da prefeitura, enquanto outra parcela pede mais diálogo, transparência e a criação de políticas que incluam a população local nas decisões, buscando soluções que respeitem o direito à cultura e o bem-estar dos moradores.