Deputados da Comissão de Transporte da Alesp fizeram, nesta terça-feira (13), uma vistoria na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás, operada pela ViaMobilidade, onde um passageiro morreu esmagado entre as portas da plataforma e do trem.
Participaram da visita os deputados Antônio Donato (PT), Ricardo Madalena (PL), Reis (PT), Maurici (PT), Enio Tatto (PT) e Simone Nascimento (PSOL). Técnicos da concessionária acompanharam a inspeção.
Segundo Donato, há preocupação com a demora na adoção de medidas de segurança, já que a instalação das barreiras físicas — autorizadas pelo Metrô — deve ocorrer apenas em até 90 dias. “É alarmante que, desde 2021, acidentes aconteçam e só agora, após uma morte, tomem providências”, criticou.
De acordo com o presidente do Metrô, Julio Castiglioni, a autorização para instalar as barreiras já foi dada, e os dispositivos estão sendo fabricados.
A Linha 5-Lilás, diferentemente das demais do Metrô, não conta com sensores de presença nas portas das plataformas — tecnologia que detecta objetos ou pessoas e impede o fechamento automático das portas. Atualmente, há sensores apenas nas portas dos trens.
A ViaMobilidade informou que instalará sensores de presença nas plataformas até fevereiro de 2026. Enquanto isso, serão implantadas barreiras físicas com hastes metálicas para prevenir novos acidentes.
A vítima
Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, morreu no último dia 6 de maio, ao ser esmagado na estação. Ele era morador de Taboão da Serra, pai de três filhos, trabalhava como repositor de supermercado, dava aulas de natação e estudava educação física.
O acidente ocorreu por volta das 8h da manhã, quando a estação estava lotada.