O número de usuários de drogas na Cracolândia, no Centro de São Paulo, caiu nos últimos dias. Apesar disso, a Prefeitura não informou para onde essas pessoas foram levadas ou se dispersaram.
Em ruas tradicionalmente marcadas pela presença do “fluxo” — como Gusmões, Andradas, Aurora, Santa Ifigênia, General Osório e Vitória — não havia mais usuários nesta terça-feira (13). A cena contrasta com a superlotação registrada em janeiro deste ano.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou estar surpreso com o desaparecimento repentino do fluxo, enquanto o vice, Coronel Mello Araújo, e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, celebraram a redução.
A região chegou a ser cercada por um muro de 40 metros construído pela prefeitura. A estrutura foi criticada por órgãos como a Defensoria Pública, que classificou a ação como um “curral humano”. A ação do PSOL contra o muro foi rejeitada pelo ministro Alexandre de Moraes no STF.
Mesmo com o esvaziamento das principais ruas, ainda foram vistos pequenos grupos na Rua Helvétia e na Alameda Glete, próximo ao Terminal Princesa Isabel. No Bom Retiro, a presença de usuários também foi pontual.
Segundo a Prefeitura, a diminuição é resultado de ações integradas de saúde, assistência social, trabalho, zeladoria e segurança. De janeiro a março de 2025, foram feitas mais de 29 mil abordagens e 7.500 encaminhamentos a serviços públicos.
Apesar dos esforços, o problema da Cracolândia segue sendo um desafio crônico, com histórico de ações públicas que ainda não conseguiram resolver a questão de forma definitiva.
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