Uma menina de 12 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentou um contratempo ao tentar viajar de avião para Portugal com seu cão de serviço. Mesmo com uma ordem judicial autorizando o embarque, a companhia aérea TAP impediu que o animal fosse transportado no voo, frustrando a família que dependia do apoio do cão treinado.
Cão foi treinado por dois anos para dar suporte emocional e funcional
O animal, que passou por dois anos de treinamento especializado, tem a missão de oferecer suporte emocional e funcional à criança. Cães como esse são preparados para acompanhar pessoas com autismo em situações de estresse, crises sensoriais e outras circunstâncias que demandam segurança e conforto emocional.
Diante da negativa da companhia aérea, o treinador responsável pelo adestramento se comprometeu a levar o cão pessoalmente até Portugal. A ação visa garantir que a menina possa contar com a presença essencial do animal em sua nova rotina no exterior.
TAP diz estar em contato com a família para solucionar o impasse
A companhia aérea TAP informou, por meio de nota, que está em contato com a família para resolver a situação. O caso gerou grande repercussão e reforça a importância da preparação das empresas para atender às necessidades de pessoas com deficiência e garantir o cumprimento de decisões judiciais.
Cães de assistência e a inclusão de pessoas com TEA
Os cães de serviço são treinados por instituições especializadas, como o Instituto Adimax, em São Paulo. Esses animais são cuidadosamente selecionados e preparados para formar o “par ideal” com a pessoa assistida, promovendo inclusão, autonomia e segurança.
No Brasil, políticas públicas vêm sendo implementadas para ampliar os cuidados com pessoas com TEA. O Ministério da Saúde incorporou o tratamento do transtorno à Política Nacional da Pessoa com Deficiência, com recursos destinados ao suporte dessas famílias.
Esse episódio destaca a importância de garantir acessibilidade, respeito às decisões judiciais e compromisso das instituições com a inclusão social de pessoas com deficiência.
Fonte: G1