Durante a vitória do São Paulo sobre o Talleres por 2 a 1 pela Copa Libertadores, o meia paraguaio Damián Bobadilla foi acusado de xenofobia. Segundo o lateral-esquerdo venezuelano Miguel Navarro, o adversário o chamou de “venezuelano morto de fome” aos 41 minutos do segundo tempo da partida.
Navarro registra ocorrência e se pronuncia contra xenofobia
Após o jogo, Navarro, visivelmente abalado, prestou queixa no estádio e afirmou à ESPN que Bobadilla “sabe o que disse”. Em suas redes sociais, o jogador repudiou o ato, destacando que jamais se envergonhará de suas raízes e que irá “até as últimas consequências”. Ele finalizou dizendo que “no futebol não há espaço para discursos de ódio”.
O clube Talleres também se posicionou, reafirmando seu compromisso com o respeito e a inclusão, e repudiando qualquer forma de discriminação.
Bobadilla nega xenofobia e pede desculpas públicas
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Bobadilla admitiu que houve uma troca de palavras com Navarro, mas negou que tenha tido qualquer intenção discriminatória. Ele pediu desculpas publicamente e afirmou que está disposto a se retratar pessoalmente com o jogador do Talleres.
Conmebol abre investigação e São Paulo segue em silêncio
A Conmebol abriu processo disciplinar com base no artigo 15 do seu regulamento, que prevê punições de até quatro meses de suspensão em casos de xenofobia confirmada.
Até o momento, o São Paulo Futebol Clube não se manifestou oficialmente sobre o episódio. Em entrevista coletiva, o técnico Luis Zubeldía disse desconhecer o ocorrido e criticou a abordagem da imprensa ao levantar o tema.
Fonte: G1 SP