Na manhã de quarta-feira, 7 de maio, moradores de Candeias do Jamari (RO) bloquearam a ponte sobre o rio Candeias, que dá acesso à Porto Velho, em protesto contra os problemas estruturais das pontes que conectam o município à capital. A manifestação foi motivada pelo crescente risco à segurança dos motoristas que transitam pela região e, especialmente, pela morte de um caminhoneiro na terça-feira, 6 de maio. O caminhoneiro não percebeu o esquema de “Pare e Siga”, colidiu com uma carreta parada e morreu antes de receber atendimento médico.
A ação foi impulsionada pela insatisfação com as condições da ponte mais antiga, que está em mau estado de conservação e com uma inclinação que levanta preocupações de um possível acidente fatal, como já ocorreu em outras partes do país. Margarete Miranda, uma das manifestantes, expressou a urgência de respostas das autoridades, afirmando que não se pode esperar uma tragédia para que medidas sejam tomadas, como o caso recente no Maranhão.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o trecho foi parcialmente interditado devido a problemas estruturais na ponte. Para reduzir o fluxo de veículos e o peso sobre a estrutura, foi implantado o sistema de “Pare e Siga”, o que, segundo os moradores, tem gerado transtornos e aumentado o risco de acidentes.
A manifestação prejudicou diretamente o transporte de cerca de 400 pessoas que dependem de transporte coletivo, principalmente nas primeiras horas do dia. No entanto, após negociações entre o Dnit, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e os manifestantes, a pista foi liberada no fim da manhã.
Fiscalização e medidas emergenciais
O Dnit informou que há duas pontes sobre o Rio Candeias, uma em cada sentido da rodovia. Após inspeção, a ponte mais antiga, que fica no sentido crescente (Vilhena–Porto Velho), foi completamente interditada, enquanto o tráfego foi desviado para a ponte mais nova, no sentido contrário (Porto Velho–Vilhena), que agora opera com sobrecarga.
Em resposta à situação, o Dnit adotou medidas emergenciais e anunciou que dentro de 30 dias, o tráfego será restabelecido em ambas as pistas da ponte mais nova, permitindo que as obras de recuperação nas duas pontes avancem de maneira simultânea.
Acidente que motivou o protesto
O acidente que resultou na morte do caminhoneiro ocorreu na BR-364, próximo a Candeias do Jamari, e envolveu uma colisão com dois veículos parados devido ao sistema de “Pare e Siga”, que visa garantir a segurança diante dos problemas nas pontes. Embora o Dnit assegure que o sistema de sinalização estava dentro das normas exigidas, a tragédia serviu como um alerta para as condições de infraestrutura que continuam a gerar riscos e afetar a mobilidade na região.
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