Entenda o caso
A Justiça do Distrito Federal autorizou o compartilhamento de dados sigilosos do jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo, com a CPI das Apostas Esportivas, que investiga irregularidades e possíveis manipulações em sites de apostas esportivas no Brasil.
A defesa do atleta tentou impedir o envio das informações, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça do DF, que considerou legal a requisição da CPI e a necessidade de apuração dos fatos.
Quais dados foram enviados?
Segundo decisão judicial, foram autorizados o compartilhamento dos seguintes dados:
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Informações bancárias e fiscais do jogador
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Dados telefônicos e comunicações vinculadas
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Registros solicitados pela CPI para análise de possíveis vínculos com esquemas de manipulação em apostas esportivas
O que disse a defesa?
A defesa de Bruno Henrique alegou que o pedido feria o direito à intimidade e que a quebra de sigilo não estava devidamente fundamentada. No entanto, a Justiça entendeu que, como a solicitação partiu de uma comissão parlamentar de inquérito com poderes investigatórios semelhantes aos do Ministério Público, a medida era legal.
A decisão reafirma que não há julgamento de culpa contra o jogador neste momento, e que o compartilhamento de dados se dá apenas para fins de investigação.
Contexto da investigação
A CPI das Apostas Esportivas foi criada para investigar manipulações de resultados, corrupção e participação de atletas ou dirigentes em esquemas ilegais envolvendo casas de apostas.
O caso de Bruno Henrique não é o único em apuração. A CPI já solicitou informações de outros jogadores, clubes e plataformas de apostas, buscando entender a extensão das fraudes e responsabilizar os envolvidos, se confirmadas as irregularidades.
Fonte: G1