Esquema envolvia troca de favores por aprovação de projetos
A Polícia Federal e o Ministério Público deflagraram nesta terça-feira (29) as operações Ragnatela e Pubblicare, que investigam corrupção, lavagem de dinheiro e envolvimento de vereadores com uma facção criminosa em Cuiabá.
Segundo as apurações, propinas eram entregues diretamente nos gabinetes de vereadores, em troca da aprovação de projetos de interesse da facção Comando Vermelho (CV).
Como funcionava o esquema
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A facção comprava casas noturnas para lavar dinheiro do tráfico;
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Vereadores facilitavam licenças e alvarás para eventos nesses locais;
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Parte do pagamento era feita em espécie, com entregas de propina em gabinetes da Câmara;
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Os estabelecimentos também eram usados como fachada para shows e festas com lucros revertidos ao grupo criminoso.
Agentes públicos também estão envolvidos
Além dos parlamentares, servidores da Secretaria Municipal de Ordem Pública teriam atuado para facilitar os trâmites legais e ignorar fiscalizações.
Mandados, prisões e bloqueio de bens
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O vereador Paulo Henrique (MDB) foi preso preventivamente e afastado do cargo;
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Ele está com tornozeleira eletrônica;
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Foram cumpridos mandados de busca, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias.
Impacto financeiro
As investigações identificaram movimentação de mais de R$ 79 milhões em quatro anos, o que reforça o alcance do esquema criminoso.
Fontes: G1 Mato Grosso,