O secretário de Segurança, Sandro Torres Amante, pediu demissão na quarta-feira (23), uma semana após a revelação de sua condenação a 2 anos e 11 meses de prisão por furtos em açougues na cidade. Em sua carta de demissão, protocolada na quinta-feira (24), ele alegou ser inocente e justificou o desligamento para preservar a Guarda Municipal.
Mudanças na Guarda Municipal
Após a condenação, o prefeito Guto Volpi (PL) havia declarado que apoiaria Amante. No entanto, a prefeitura também afastou o inspetor-chefe da Guarda Civil Municipal, Filipe Murilo Silva, substituindo-o por Fernando Belchior Dias.
Detalhes da Condenação
Os furtos ocorreram em junho de 2018, quando Sandro era subcomandante da Guarda. Ele e outros dois acusados foram condenados por roubar quase 60 kg de carne e R$ 28 mil de dois açougues. As investigações mostraram que os crimes foram planejados, incluindo o redirecionamento de câmeras de segurança para evitar flagrantes.
Acusações de Milícia
O Ministério Público alega que os guardas civis formavam uma milícia que atuou entre 2019 e 2023, praticando furtos e extorsões. Apesar de a Justiça não ter aceitado a denúncia por milícia, as investigações continuam.
Reações e Denúncias
Testemunhas relataram que os guardas ofereciam serviços de segurança para comerciantes, criando um clima de medo. Uma denunciante afirmou que presenciou extorsões e corrupção envolvendo a Guarda.
Declarações de Sandro Amante
Em entrevistas, Amante defendeu sua inocência e contestou a condenação, alegando que não há evidências de suas supostas atividades criminosas. Ele planeja recorrer da decisão.
Resposta da Prefeitura
A prefeitura de Ribeirão Pires afirmou não ter sido notificada sobre a condenação de Amante e declarou que o afastamento de Gutembergue Martins Silva foi por ordem judicial, sem prejuízo de vencimentos.
Fontes:
g1 SP