A 1ª Turma do STF julga nesta terça (22) a denúncia contra Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. Ela pode se tornar a única mulher ré no processo que investiga o caso.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Marília integrava o “núcleo 2” da articulação golpista, ao lado de outros cinco acusados que, segundo a denúncia, ocupavam cargos estratégicos e falharam propositalmente em suas funções. Entre eles está Fernando de Sousa Oliveira, então secretário-executivo da SSP.
Marília, delegada da Polícia Federal, foi nomeada por Anderson Torres — ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF. Ela também atuou na Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça.
Durante depoimento à PF, afirmou que alertas sobre riscos foram compartilhados em grupos com membros da segurança pública desde o dia 6 de janeiro. No entanto, a PGR aponta que sua primeira mensagem relevante em um grupo oficial só ocorreu às 16h50 do dia 8 de janeiro, após o início das invasões.
Além de Marília, o STF julga outros integrantes do núcleo:
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Fernando de Sousa Oliveira (ex-SSP-DF)
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Marcelo Câmara (coronel da reserva e ex-assessor de Bolsonaro)
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Filipe Martins (ex-assessor de Assuntos Internacionais)
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Mário Fernandes (general da reserva e ex-assessor da Presidência)
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Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF)
A denúncia inclui cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Fontes: g1