Tarifas ampliam tensão global
Em 12 de abril de 2025, a disputa comercial entre Estados Unidos e China escalou para uma verdadeira guerra de trincheiras. Os EUA implementaram tarifas de até 145% sobre produtos chineses, enquanto a China reagiu elevando suas taxas de importação para 125% em produtos americanos. O clima de incerteza se refletiu nos mercados financeiros, com investidores evitando o dólar, títulos do Tesouro e ações.
Principais Movimentos
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Tarifas dos EUA
Aumento para até 145% em importações chinesas, 125 pontos percentuais acima do patamar anterior de 20%. -
Retaliação da China
Elevação de tarifas para 125% sobre produtos norte-americanos. -
Pausa Temporária
Trump suspendeu por 90 dias as sobretaxas para dezenas de parceiros comerciais, exceto a China, mantendo um mínimo de 10% em todas as importações.
Impacto nos Mercados
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Evitação de Ativos
Investidores buscam refúgio longe do dólar, da dívida americana e das ações. -
Aumento de Juros
Rendimentos dos títulos de 10 anos dos EUA subiram, elevando o custo de endividamento do país. -
Confiança em Queda
A confiança do consumidor norte-americano caiu drasticamente em abril, segundo levantamento da Universidade de Michigan. -
Reação da Bolsa
Wall Street fechou o dia com uma das melhores sessões, impulsionada pela notícia da suspensão temporária.
Tensões Políticas
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Otimismo Presidencial
Trump afirmou estar “aberto a um acordo” com a China e reforçou a força do dólar como moeda de referência. -
Distanciamento Chinês
O Ministério das Finanças da China indicou que produtos americanos “não são mais viáveis” se as tarifas continuarem subindo. -
Pressão sobre a UE
A União Europeia se vê dividida entre negociar com os EUA e manter laços com a China; pode retaliar gigantes de tecnologia americanos. -
Alerta da ONU
Países vulneráveis como Lesoto, Camboja, Madagascar e Mianmar podem sofrer impactos severos devido à crise.
Perspectivas e Desafios
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Investigação em Curso
Senadores democratas pediram à SEC que apure possível uso de informação privilegiada em anúncios tarifários. -
Futuro das Negociações
EUA e China podem buscar acordos setoriais em tecnologia e agronegócio para amenizar o conflito. -
Cadeias de Suprimentos
Empresas globais devem diversificar fornecedores e realocar parte da produção para reduzir riscos.
Fonte: Correio do Povo