Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que o uso estético da toxina botulínica (botox) pode trazer diversos efeitos colaterais e não deve ser tratado como um procedimento inofensivo.
A pesquisa analisou 50 estudos internacionais, publicados entre 2017 e 2022, e revelou que, embora o botox seja amplamente utilizado para fins estéticos, não é isento de riscos. Entre os efeitos adversos identificados estão:
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Hematomas e inchaços
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Dor local
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Ptose palpebral (queda da pálpebra)
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Assimetria facial
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Alterações na visão (como visão dupla)
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Dificuldade para fechar os olhos
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Infecções, náusea e dor de cabeça
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Reações alérgicas e, em casos raros, anafilaxia
A dermatologista Samira Yarak, coordenadora do estudo, destacou que a banalização do botox, somada à ausência de diretrizes clínicas baseadas em evidências, contribui para a subnotificação das complicações.
A especialista reforça ainda que a aplicação deve ser realizada apenas por profissionais qualificados e com produtos aprovados pela Anvisa, já que o uso inadequado ou mal diluído aumenta consideravelmente os riscos.
Fonte: Revista Galileu