O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal está investigando a recente compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Com duas apurações preliminares em andamento, a atuação do MPF visa esclarecer possíveis crimes contra o sistema financeiro e a supervisão do Banco Central sobre a transação.
Detalhes da Investigação
- Linha de Apuração 1: Avaliação de indícios de crime financeiro relacionados à aquisição.
- Linha de Apuração 2: Monitoramento da atuação do Banco Central na análise da compra.
Os procuradores do MPF consideram a operação complexa, com riscos que podem indicar irregularidades. A compra, anunciada em 28 de março, envolve a aquisição de 58% do capital do Banco Master, estimada entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
Acompanhamento de Outras Entidades
Além do MPF, outras investigações estão em curso:
- Ministério Público do DF: Analisa as circunstâncias da compra e venda de ações.
- Ministério Público de Contas do DF: Solicita acesso ao processo administrativo da aquisição. Caso irregularidades sejam identificadas, uma representação pode ser feita ao Tribunal de Contas do DF.
Contexto do BRB e do Banco Master
- Banco de Brasília (BRB): Fundado em 1964, atua como agente financeiro para o desenvolvimento do Distrito Federal e possui capital majoritariamente público (71,92%).
- Banco Master: Originalmente estabelecido como corretora em 1974, tornou-se instituição financeira em 1990 e mudou de nome após a aquisição do Banco Vipal em 2021.
Importância da Aprovação
A transação ainda precisa da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser concluída. A transparência e a legalidade da operação são cruciais para garantir a confiança no sistema financeiro.