O fenômeno do Inverno Amazônico, típico da região Norte entre dezembro e maio, provocou uma reviravolta nos rios: em menos de seis meses, o rio Madeira, em Porto Velho (RO), saltou de 19 cm (menor nível histórico) para 16,67 metros, já afetando quase 9 mil pessoas.
O que causa o Inverno Amazônico?
Ele é resultado da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um corredor de nuvens formado por ventos que sopram dos dois hemisférios e concentram chuvas na linha do Equador. Quanto mais forte esse sistema, maior o volume de chuva.
Oscilações preocupam especialistas
Segundo o engenheiro hidrólogo Marcos Suassuna, essas variações extremas — entre secas históricas e cheias severas — indicam uma aceleração do ciclo hidrológico e podem se tornar cada vez mais frequentes.
Outro exemplo: o rio Machado, que chegou a 6,04 metros no final de 2024, subiu para 11,34 metros em poucos meses. A maior marca já registrada foi 18,85 metros
O alerta é claro: os fenômenos naturais na Amazônia estão mais intensos e imprevisíveis, exigindo atenção das autoridades e políticas de prevenção mais eficazes.