O Ministério dos Direitos Humanos e a UnB lançaram o Observatório de Desaparecimento de Pessoas no Brasil (Obdes), após mais de 66 mil desaparecimentos registrados em 2024.
Contexto do Desaparecimento
Dentre os desaparecidos, cerca de 20 mil são crianças e adolescentes. O Observatório reúne 17 pesquisadores de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo e atuará por pelo menos um ano, focando nas causas e dinâmicas dos desaparecimentos.
Grupos Vulneráveis
Além de crianças, o levantamento destacou outros grupos em risco, como indígenas, idosos, pessoas em situação de rua, comunidade LGBTQIA+ e jovens negros nas periferias.
Importância da Pesquisa
Bruna Martins Costa, do MDHC, ressalta que o desaparecimento é um aspecto histórico no Brasil, dificultando a formulação de políticas públicas eficazes. O Observatório pretende coletar dados de forma mais direcionada e ações direcionadas de combate.
Lançamento Simbólico
O lançamento do Observatório coincide com o aniversário de Honestino Guimarães, líder estudantil desaparecido durante a ditadura militar, simbolizando a luta contra a violação dos direitos humanos.
Tipos de Desaparecimento
Os pesquisadores investigarão diferentes formas de desaparecimento, incluindo:
- Voluntário: a pessoa sai de casa por vontade própria.
- Involuntário: comum entre crianças e adolescentes.
- Forçado: relacionado a agentes do Estado ou grupos armados.
- Político: oposições ao regime militar.
- Administrativo: omissões ou ações do Estado.
O Observatório busca um olhar qualitativo sobre os desaparecimentos, especialmente em relação a grupos vulneráveis, e pode durar mais de um ano.