Libertação e Condições Impostas
O delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, preso por denúncias de assédio sexual e corrupção, foi solto nesta terça-feira (25) pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ele deverá retornar ao trabalho de forma remota, sob rigorosas medidas cautelares.
Medidas Cautelares Impostas
Entre as obrigações estabelecidas pelo tribunal, destacam-se:
- Monitoramento por tornozeleira eletrônica
- Distância mínima de 500 metros das vítimas
- Recolhimento domiciliar noturno, das 22h às 6h
- Proibição de contato com testemunhas
Essas medidas visam garantir a segurança das vítimas enquanto o caso é investigado.
Contexto das Acusações
João Antônio foi afastado de suas funções em fevereiro de 2025 devido a múltiplas denúncias de propina e assédio sexual contra servidoras e estagiárias da Delegacia de Lucas do Rio Verde, localizada a 360 km de Cuiabá. O delegado nega todas as acusações.
Relato de Assédio
Uma das vítimas relatou que, ao buscar esclarecimentos na sala do delegado, ele ordenou que ela trancasse a porta, sugerindo um ato de intimidação.
Denúncias de Corrupção
A Corregedoria da Polícia Civil investiga várias acusações contra João Antônio, incluindo:
- Exigência de R$ 30 mil para evitar a abertura de um inquérito.
- Recebimento de R$ 40 mil de um advogado para arquivar uma investigação sobre falsidade ideológica.
- Movimentação de recursos ilícitos através de uma empresa de grãos da qual é sócio.
Investigação em Andamento
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil instaurou uma investigação para apurar as denúncias, baseando-se em depoimentos de testemunhas e outros relatos.
A situação do delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres levanta questões sérias sobre a integridade e a ética dentro da Polícia Civil. A sociedade aguarda os desdobramentos dessa investigação.