Um vídeo que circulou nas redes sociais na segunda-feira (24) gerou grande repercussão em Porto Velho, mostrando um jacaré-açu caminhando próximo a residências no bairro Panair. O animal, carinhosamente chamado de Dony, é um morador habitual da área há pelo menos 7 anos, acostumado com a presença dos moradores.
Vida e Comportamento
Dony vive em um lago próximo a um restaurante e, curiosamente, atende pelo nome quando é chamado. De acordo com o biólogo Flávio Terassini, Dony é um jacaré-açu adulto, uma espécie considerada “pré-histórica” e uma das maiores entre os crocodilianos, ficando atrás apenas do crocodilo de água salgada e do do Nilo.
“Esse que apareceu no Madeira é muito comum e abundante aqui na Amazônia, principalmente no lago do Cuniã. Pode viver facilmente até oitenta anos”, explica Terassini.
Perigos e Precauções
Apesar de sua aparência tranquila e do status de “morador antigo”, é importante lembrar que um jacaré desse porte pode representar perigo. O especialista alerta que, se estressado ou ameaçado, o jacaré-açu pode reagir de forma agressiva.
“Ele pode, sim, atacar seres humanos, principalmente se se sentir ameaçado. Eles são rápidos e ágeis, especialmente na água”, ressalta.
Papel Ecológico
Na natureza, o jacaré-açu ocupa o topo da cadeia alimentar, o que significa que tem poucos predadores naturais. Sua dieta consiste principalmente de peixes e pequenos mamíferos, desempenhando um papel crucial na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas aquáticos da Amazônia.
Dony é um exemplo fascinante da convivência entre humanos e a vida selvagem em Porto Velho. Enquanto os moradores o acolhem como parte da comunidade, é vital lembrar a importância de respeitar a natureza e os limites dos animais selvagens.