A qualidade da água nos rios da Mata Atlântica não melhorou significativamente nos últimos anos, com 75,2% dos rios apresentando qualidade regular, comprometendo seu uso para consumo e lazer. O relatório foi divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica às vésperas do Dia Mundial da Água.
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Dados do Relatório
O estudo “O retrato da qualidade da água nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica” analisou 112 rios entre janeiro e dezembro de 2024, com os seguintes resultados:
- 11 pontos (7,6%) com qualidade boa
- 109 pontos (75,2%) classificados como regulares
- 20 pontos (13,8%) como ruins
- 5 pontos (3,4%) como péssimos
Piora na Qualidade em São Paulo
Os rios com piora na qualidade estão principalmente em São Paulo. Comparando com 2023, houve um aumento nos pontos com qualidade ruim e a manutenção de quatro pontos péssimos, incluindo o Rio Pinheiros.
Índice de Qualidade da Água (IQA)
O IQA classifica a água em cinco categorias: ótima, boa, regular, ruim e péssima. Rios com qualidade regular apresentam impactos ambientais que comprometem seu uso.
Causas e Alertas
Gustavo Veronesi, coordenador do programa, alerta que a situação é crítica e exige investimentos urgentes em saneamento. Eventos climáticos extremos e a falta de infraestrutura de saneamento básico são os principais obstáculos para a recuperação da qualidade da água.
Melhorias em Alguns Casos
Apesar do cenário preocupante, alguns pontos apresentaram melhorias, como o Córrego Trapicheiros no Rio de Janeiro, que passou de regular para boa.
A mobilização social e políticas integradas são essenciais para garantir um futuro sustentável para os recursos hídricos do Brasil. O relatório reforça a necessidade de ações concretas para enfrentar a crise hídrica.