João Carlos da Silva, réu condenado por assassinar o indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, teve seu pedido de anulação do julgamento negado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO). A condenação de 18 anos de prisão foi mantida.
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O Crime
Ari foi assassinado na noite de 17 de abril de 2020, no distrito de Tarilândia, em Jaru (RO). O júri declarou João Carlos culpado por homicídio duplamente qualificado, sendo:
- Motivo fútil: O crime ocorreu porque o réu não gostava do comportamento de Ari ao beber.
- Meio que dificultou a defesa: O réu embriagou Ari até que ele ficasse inconsciente e o golpeou com dois instrumentos perfurocortantes.
Decisão Judicial
O desembargador José Jorge Ribeiro da Luz, relator do processo, rejeitou o pedido de anulação da defesa, que alegava que a decisão dos jurados era contrária às provas. O magistrado afirmou que os depoimentos e as evidências confirmaram a culpabilidade do réu.
O caso chegou a ser tratado na esfera federal devido a indícios de ligação com crimes ambientais, mas a Polícia Federal descartou essa hipótese, concluindo que o assassinato ocorreu simplesmente porque João não gostava de Ari.
Contexto
O corpo de Ari foi encontrado na manhã seguinte ao crime, com sinais de lesões graves no pescoço.