O ministro Rogério Schietti, relator do recurso que questionou as notícias de Adriana Villela, propôs a prisão imediata da arquiteta durante o julgamento desta terça-feira (11), mas o ministro Sebastião Reis pediu vista, suspendendo a decisão.
Adriana Villela foi condenada em 2019 pelo Tribunal do Júri pelo assassinato de seus pais e da empregada doméstica da família. A pena foi aplicada em 67 anos e 6 meses de prisão, mas a ré foi autorizada a recorrer à liberdade.
O Caso
Em 28 de agosto de 2009, no bloco C da 113 Sul, em Brasília, foram assassinados:
- José Guilherme Villela (73 anos), ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
- Maria Carvalho Mendes Villela (69 anos), advogada;
- Francisca Nascimento da Silva (58 anos), empregada doméstica da família.
As vítimas foram mortas com múltiplas fachadas e seus corpos foram encontrados em conforto, no dia 31 de agosto de 2009.
O Julgamento
O julgamento começou com a sustentação oral da defesa, que mencionou três nulidades possíveis:
- A presença de um jurado que criticou a defesa nas redes sociais antes do julgamento;
- O acesso tardio a vídeos de depoimentos gravados na delegacia;
- A validade de um laudo papiloscópico que ligava Adriana à cena do crime.
O relator Schietti destacou que, apesar das falhas na investigação, o julgamento seguiu as normas legais e não viu razões para anular a decisão do júri. Ele também rejeitou a nulidade apontada pela segunda defesa quanto à jurada, que, ele, deveria ter sido questionada antes.
Prisão Imediata?
Embora o relator tenha sugerido a prisão imediata de Adriana Villela, o pedido de vista feito pelo ministro Sebastião Reis adiou a decisão final. O prazo para a devolução de um pedido de vista no STJ é de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.
Documentário sobre o caso
Adriana Villela também é uma das entrevistadas na série documental “Crime da 113 Sul”, exibida no Globoplay, que revela novos detalhes sobre assassinato o triplo.
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