O rio Madeira em Rondônia atingiu a cota de alerta nesta quarta-feira (26), após registrar 19 centímetros em outubro de 2024, o mínimo histórico desde 1967. Segundo a Defesa Civil, 12 famílias ribeirinhas estão em situação de vulnerabilidade em Porto Velho.
A elevação do nível é resultado de chuvas nos rios Beni e Madre de Dios, que trazem cerca de 70% da vazão do Madeira. O engenheiro hidrológico Guilherme Cardoso explicou que a falta de chuvas nas cabeceiras andinas impacta diretamente o nível do rio.
A Defesa Civil abriu uma sala de crise para monitorar a situação, que ainda está sob controle. As estruturas estão sendo preparadas para socorrer famílias que possam precisar deixar suas casas. O coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, Marcos Beti, alertou que a elevação das águas pode causar refluxo nos canais da cidade.
Nos últimos dois anos, o rio Madeira passou por secas extremas, obrigando famílias ribeirinhas a sobreviver com menos de 50 litros de água por dia e a comprar peixes de outras regiões. A seca também afetou a Hidrelétrica de Santo Antônio, que operou com apenas 14% de suas turbinas em 2024.