O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (21) que a presença de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, não é essencial nas negociações para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Não acho que seja muito importante que ele esteja nas reuniões”, declarou Trump em entrevista à Fox Radio, acrescentando que Zelensky torna “muito difícil fechar acordos”.
Críticas crescentes
Recentemente, Trump e Zelensky trocaram acusações. Na quarta-feira (19), Trump chamou o ucraniano de “ditador sem eleições”, enquanto Zelensky acusou o presidente americano de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio. À medida que a distância entre os EUA e a Ucrânia aumentou, levando a Europa a se preocupar com uma possível aproximação dos EUA com a Rússia.
Interesses conflitantes
A guerra entre a Ucrânia, a Rússia e os EUA expõe interesses diversos. Trump concedeu ajuda americana à Ucrânia à concessão de direitos sobre “terras raras”, que possuem minerais essenciais para a indústria eletrônica. Por outro lado, Zelensky busca garantir a devolução de todos os territórios invadidos pela Rússia, incluindo a Crimeia, e desejar a adesão da Ucrânia à OTAN.
A Rússia, sob o comando de Putin, visa manter a sua influência sobre a Ucrânia e controlar regiões estratégicas, como Donetsk e Kherson. Já a Europa teme pela estabilidade do continente e exige participação ativa nas negociações de paz, defendendo uma abordagem mais autônoma em segurança.