A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, na noite de terça-feira (18), uma denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os indiciados está o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
O ex-secretário executivo Fernando de Sousa Oliveira e a ex-subsecretária de Inteligência Marília Ferreira de Alencar também foram denunciados, tendo cargas ocupadas na cúpula da Secretaria de Segurança Pública durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o documento da PGR, as condutas dos três indiciados “revelaram descumprimento deliberado” do dever de prevenir os ataques. A defesa de Anderson Torres afirma que está avaliando as denúncias.
Na denúncia, os procuradores destacaram que Anderson Torres sobreviveu de férias com a família mesmo sabendo da possibilidade dos ataques, revelando uma “conivência com as ações violentas que se aproximaram”.
Além disso, a PGR envolve a “minuta do golpe”, apurada na casa de Anderson Torres, editada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que antecede a decretação do Estado de Defesa.
Os denunciados tinham conhecimento dos eventos que ocorreram nos ataques de 8 de janeiro, mas não divulgaram as informações necessárias para garantir a segurança pública.