O ministro Luís Roberto Barroso, que determinou o uso obrigatório das câmeras corporais com gravação ininterrupta pela Polícia Militar de São Paulo, visitou nesta sexta-feira (14), a pedido de Tarcísio de Freitas, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para entender o funcionamento dos novos equipamentos adquiridos pelo governo.
O governo realizou uma apresentação sobre o funcionamento feito por PMs e técnicos da Motorola, empresa responsável pela ferramenta.
No final da reunião, Tarcísio anunciou que fará a mesma apresentação para a Fiesp e a imprensa, buscando dar transparência ao processo. Ele acrescentou que o PM está estudando pesquisas científicas sobre o uso do equipamento para avaliar as melhores opções.
Em dezembro de 2024, Barroso determinou a obrigatoriedade do uso das câmeras. No entanto, na quinta-feira (13), o governo recorreu à decisão, alegando que uma gravação ininterrupta geraria custos excessivos para o estado.
De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o custo para a gravação ininterrupta de 12 mil câmeras seria de R$ 766 milhões em cinco anos. Isso comprometeria a expansão para mais unidades, o que poderia atingir R$ 1,9 bilhão se a implementação fosse ampliada para 30 mil câmeras.
A PGE também questiona a legitimidade da Defensoria Pública, autora do pedido judicial, ao apresentar essa ação diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF).