O governo brasileiro, em resposta ao aumento das tarifas de aço e alumínio dos Estados Unidos, anunciou uma medida protecionista própria em 2024, aumentando as tarifas para certos produtos de aço. Esta ação tem semelhanças com a postura do presidente norte-americano, Donald Trump, que busca revitalizar a indústria americana, que perdeu sua projeção global ao longo dos anos.
Aumento de tarifas nos EUA
Trump afirmou que a decisão de aumentar as tarifas de aço e alumínio visa proteger e reviver a indústria americana, considerando que o país precisa de produção interna para garantir o crescimento da produção. Ele destacou que os EUA estão buscando uma solução para proteger o futuro da produção nacional, algo que não se via há várias décadas.
O Brasil segue o mesmo caminho
O governo brasileiro também adota uma postura de proteção da indústria local, que já sofre com a ociosidade em algumas áreas. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, e o aumento das tarifas foi uma resposta a essa dependência de importação.
Medida protecionista no Brasil
Em abril de 2024, o governo brasileiro aumentou as tarifas de importação de aço para 25% sobre certos produtos, com validade até maio de 2025. Essa medida foi aprovada pelo Comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e visa reduzir a ociosidade da indústria siderúrgica nacional, que enfrenta desafios com a produção excessiva e o baixo consumo local.
O aumento das tarifas e suas implicações
As tarifas adicionais afetam principalmente produtos como laminados planos, fios de ferro ou aço e tubos para óleos e gasodutos. A medida foi bem recebida pelas entidades siderúrgicas, pois visa preservar investimentos e estimular novos investimentos no setor.
Cotas de importação
A principal diferença entre a política brasileira e a norte-americana é que o Brasil fixou taxas para a importação de aço. Ou seja, apenas o volume de aço que exceder as cotas sujeitas será sujeito à sobretaxa. Esta estratégia visa proteger a indústria nacional enquanto mantém o comércio internacional dentro de limites justos para os consumidores brasileiros.
Possíveis impactos da tarifa
As importações com base em regimes aduaneiros suspensivos ou acordos comerciais, como os preferenciais com o Mercosul, não são afetados pela sobretaxa. Mesmo assim, as tarifas podem ter um impacto significativo, não apenas no aço, mas também em outros setores que dependem desses materiais para sua produção.