Leonardo dos Santos Pires, de 34 anos, foi condenado por acusações de crimes, incluindo assassinatos brutais.
Um dos chefes de uma facção criminosa, Leonardo dos Santos Pires, de 34 anos, conhecido como “Sapateiro”, foi transferido da Penitenciária Central do Estado (PCE) , em Cuiabá, para um presídio federal no Paraná, nesta quinta-feira (6).
A transferência ocorreu a pedido da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), devido à alta periculosidade do criminoso, que continuava a ordenar crimes de dentro da prisão. O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) deu parecer favorável, e o Poder Judiciário autorizou a remoção.
A detenção foi escoltada por agentes da Polícia Penal até o Aeroporto Marechal Rondon, onde embarcou em um voo comercial rumo ao novo presídio de segurança máxima.
Crimes brutais e condenações
Leonardo acumula mais de 245 anos de prisão, sendo responsável por diversos assassinatos violentos. Entre as vítimas, estão:
🔴 Marina Azevedo Campos (17 anos, grávida) – Morta com cinco tiros durante um ataque em julho de 2022.
🔴 Guilherme Felipe Oliveira de Moura (22 anos) – Alvo principal da execução que também vitimou Marina.
🔴 Luiz Ney da Silva (54 anos) – Comerciante assassinado a tiros dentro de seu estabelecimento, em Sinop, em 2019.
🔴 Willian Santana (21 anos) – Ex-jogador do Sinop Futebol Clube, sequestrado e morto em 2021.
Além dos homicídios, Leonardo também esteve no centro de investigações sobre tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em 2023, foi condenado a 32 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
Execuções ordenadas dentro da prisão
Mesmo encarcerado no PCE, Leonardo continuava a comandar crimes. Segundo investigações, ele dirigiu diretamente a morte de Willian Santana, acusando-o falsamente de estupro. Cinco pessoas foram presas pelo crime, e as condenações do grupo somaram 122 anos de prisão.
A polícia também apurou que Leonardo ordenou a execução de Guilherme Felipe Oliveira, o que levou ao assassinato de sua companheira grávida, Marina Azevedo. Pelo duplo homicídio, ele recebeu uma pena de 42 anos de reclusão.
A ficha criminosa de Leonardo começou com um roubo em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, e desde então, ele acumulou bolsas de condenações.
A transferência para o presídio federal no Paraná reforça as medidas de segurança para evitar que ele continue comandando crimes de dentro do sistema penitenciário.