A reforma ministerial de Lula ocorrerá em etapas; primeira fase será no Planalto e antes do Carnaval
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou aos seus ministros e assessores que realizará uma reforma ministerial de maneira fatiada. A primeira fase terá como foco as mudanças nos gabinetes do Palácio do Planalto, com expectativa de conclusão até o Carnaval, em março.
As mudanças já realizadas incluem as substituições de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação (Secom) e a troca do ministro Márcio Macêdo pela deputada Gleisi Hoffmann na Secretaria-Geral do Planalto. A Secretaria de Relações Institucionais, importante para a articulação política do governo, está sendo reivindicada por partidos do Centrão. Caso essa mudança seja feita antecipadamente, o atual ministro, Alexandre Padilha, pode ser transferido para o Ministério da Saúde, no lugar de Nísia Trindade.
A segunda fase da reforma deve atingir massas ocupadas por membros do PT, como o Ministério das Mulheres e o Ministério do Desenvolvimento Social. A pasta do Desenvolvimento Social pode ser limitada ao Centrão, dependendo do acordo sobre a Secretaria de Relações Institucionais.
Na terceira fase, as mudanças deverão ocorrer nas massas agitadas por aliados, como o Ministério da Agricultura e Pecuária, onde Arthur Lira (PP-AL) é cogitado para a carga. Lula busca fazer essas mudanças rapidamente, antes do Carnaval, embora algumas cargas, como as de Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, sejam consideradas imexíveis.
A reforma ministerial é vista como um movimento estratégico de Lula para ajustar seu governo e fortalecer alianças de olho nas eleições de 2026.