O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou que 60 jovens de Rondônia retornassem ao estado de origem após a interdição de um alojamento irregular em Pedro de Toledo, interior de São Paulo. Os jovens, com idades entre 14 e 20 anos, estavam no local com a promessa de integrar um tempo de futebol em formação. Contudo, a Vigilância Sanitária constatou condições insalubres no imóvel, que funcionava sem a devida autorização.
O alojamento, localizado no bairro Ribeirão do Luiz 1, na zona rural, oferece infraestrutura integrada, como lixo espalhado, janelas sem vidros e beliches em montagem. O imóvel, que anteriormente abrigava uma clínica para dependentes químicos, foi interditado após denúncias de condições precárias para abrigar os jovens.
Segundo relatos, os pais dos jovens autorizaram a viagem e pagaram uma taxa mensal para cobrir despesas de higiene e alimentação. No entanto, as condições de alojamento não eram adequadas. Uma parte do grupo chegou em janeiro, enquanto outra chegou em 5 de fevereiro.
A denúncia foi feita ao Conselho Tutelar de Pedro de Toledo, que, ao constatar a situação, acionou a assistência social, o Ministério Público e a Polícia Militar. A conselheira tutelar Claudinéia Ferreira dos Santos relatou que as condições eram insustentáveis para tantos jovens em um ambiente inadequado.
A vereadora Neuracy Montanagna acompanhou a ação de desocupação e informou que os jovens também buscavam vagas nas escolas da cidade, o que gerou outro desafio, visto que a cidade não possuía vagas suficientes para todos.
O responsável pelo alojamento afirmou ter confiado na documentação do proprietário do imóvel, que era uma antiga clínica de reabilitação de dependentes químicos, mas não quis comentar sobre o ocorrido.