Na edição de 7 de fevereiro de 2025, a Revista Time estampou em sua capa uma montagem impactante: Elon Musk na cadeira presidencial do Salão Oval da Casa Branca. A imagem provocativa ilustra uma matéria que investiga como o bilionário tem utilizado seu poder para moldar as políticas dos EUA, um poder que Donald Trump não deixou claro se Musk deveria ter, mas que ele já está exercendo de maneira decisiva.
A publicação descreve uma situação intrigante em que Musk, CEO da Tesla, SpaceX e X (anteriormente Twitter), lidera um novo departamento de governo, o DOGE, que tem como objetivo implementar cortes de gastos em áreas sensíveis. Embora o DOGE seja descrito como um “departamento sem crachá”, sem autoridade legal definida e sem uma estrutura formal, a Time aponta que Musk tem agido de maneira implacável, mesmo em áreas onde o governo dos EUA tradicionalmente exerce grande controle.
Poderes que Subvertem a Democracia
A reportagem adverte sobre os “perigos de um homem não eleito possuir poder irrestrito”. Musk tem mostrado não só sua influência política, mas sua postura de desafiar a autoridade de Trump e de cortar gastos governamentais sem a aprovação do Congresso. A revista destaca que nunca um cidadão privado exerceu tanto poder sobre a máquina do governo dos EUA, algo que gera inquietação e levanta questões sobre a concentração de poder nas mãos de uma única pessoa.
A Aposta de Musk: Enfrentando a USAID e Cortes no Governo
A USAID, a agência de ajuda humanitária dos Estados Unidos, tornou-se alvo direto de Musk e de sua cruzada contra o gasto público. O bilionário criticou abertamente a agência e exigiu acesso a documentos confidenciais, algo que Trump inicialmente rejeitou, mas que, dias depois, resultou no anúncio de fechamento temporário da USAID. O DOGE, liderado por Musk, já cortou mais de 90% dos funcionários da agência, destacando uma estratégia de eliminação de programas valiosos e redução de recursos.
Reações Crescentes: A Perigosa Luta por Poder
Embora Musk esteja exercendo sua influência de forma incisiva, a reportagem da Time sugere que o cenário pode mudar drasticamente. “A reação pública contra a missão de Musk está crescendo”. Cortes excessivos, como os de agências essenciais como a USAID, podem afetar diretamente os cidadãos norte-americanos, gerando preocupações com a estabilidade social e econômica.
O que Está em Jogo?
A matéria conclui com um alerta: o futuro de Musk e sua relação com o governo dos EUA pode ser mais volátil do que aparenta. O impacto da redução de programas essenciais e a reestruturação de órgãos governamentais podem gerar uma onda de insatisfação pública que poderá afetar até mesmo os agricultores no centro-oeste dos EUA, que dependem da ajuda de programas internacionais, como os financiados pela USAID.