O México deu início, nesta terça-feira (4), ao envio de 10 mil soldados para a fronteira com os Estados Unidos, como parte de um acordo com o governo de Donald Trump. A medida visa combater o tráfico de drogas, especialmente o fentanil, e evitar tarifas alfandegárias de 25% impostas pelo governo americano.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, anunciou uma mobilização, afirmando que a transferência de militares para cidades como Tijuana e Matamoros não comprometerá a segurança interna do país. Ela destacou que os soldados vêm de estados com menos problemas de segurança, como Yucatán, e fortalecem a segurança na região fronteiriça, marcada pela violência do crime organizado.
Além disso, Sheinbaum minimizou a decisão do Equador de tarifas de importação de 27% sobre produtos mexicanos. Segundo ela, as exportações para o país sul-americano representam apenas 0,4% do total das exportações mexicanas, o que, segundo o presidente, não terá grande impacto na economia.
Em um contexto tenso, com o governo Trump acusando o México de facilitar a entrada de migrantes irregulares e drogas, o compromisso mexicano com o envio de tropas ajudou a adiar a implementação das tarifas, que poderiam prejudicar ainda mais a economia do país. Mais de 80% das exportações mexicanas têm como destino os Estados Unidos, e tarifas mais altas poderiam afetar diretamente a segunda maior economia da América Latina.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/B/z/aSDB4sTMAbrhjdRPIkTQ/2025-02-04t144116z-880094163-rc2qncawnwd0-rtrmadp-3-usa-trump-mexico-border.jpg)