O governo brasileiro adota uma postura de cautela diante da guerra comercial entre os Estados Unidos e países como México, Canadá e China. A estratégia é evitar reações precipitadas, aguardando o desfecho das negociações para avaliar os impactos reais para o Brasil.
Assessores presidenciais destacam que, até o momento, não há razão para o Brasil entrar no jogo de ameaças de Donald Trump. A expectativa é que o Brasil não seja diretamente afetado pelas medidas comerciais, especialmente considerando que a Argentina, aliada de Trump, faz parte do Mercosul e compartilha a Tarifa Externa Comum.
Oportunidades para o Brasil na Guerra Comercial
Em meio às tensões, o Brasil pode se beneficiar da guerra comercial. Durante seu primeiro mandato, Trump elevou as alíquotas de importação sobre produtos chineses, o que incentivou a China a aumentar as compras do Brasil. Se o conflito se expandir para a União Europeia, os produtores brasileiros poderão aproveitar a brecha, e a conclusão de um acordo com o Mercosul poderá ser facilitada.
Com o Canadá e México já adotando medidas retaliatórias contra os Estados Unidos e a China entrando com uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil mantém a cautela, mas monitora as reações para agir de forma estratégica.
A posição brasileira é clara: esperar e observar, antes de qualquer ação, para garantir que o Brasil não seja pego de surpresa, aproveitando oportunidades comerciais no cenário global.