O dólar completou sua 10ª queda consecutiva no pregão desta sexta-feira (31), fechando o mês de janeiro cotado a R$ 5,83, renovando seu menor patamar desde novembro de 2023. Com uma queda de 5,54% no mês, a moeda norte-americana registrou o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%.
Fatores que Impactaram o Mercado:
- Novos dados econômicos: O mercado reagiu aos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), que indicaram uma taxa de desocupação de 6,2% no quarto trimestre de 2024. Essa foi a menor taxa registrada em toda a série histórica do IBGE.
- Taxa de Juros: O foco do mercado também esteve nas recentes decisões dos bancos centrais. O Copom, por exemplo, anunciou um aumento da Selic para 13,25%, com a possibilidade de novos ajustes.
Economia Brasileira em Foco: Taxa de Desocupação e Projeções para 2025
A taxa de desocupação brasileira teve uma redução significativa em 2024, fechando o ano em 6,2%, abaixo dos 6,4% do trimestre anterior. Essa é a menor taxa registrada desde o início da pesquisa, em 2012. Em termos anuais, o Índice de Desocupação registrou uma queda de 1,2 ponto percentual, passando de 7,8% em 2023 para 6,6%.
Embora a redução no desemprego seja positiva, investidores demonstram cautela, já que uma maior ocupação da população pode gerar um aumento da circulação de dinheiro. Isso pode aquecer o consumo e pressionar ainda mais a inflação, o que levaria o Banco Central do Brasil a manter o aperto monetário.
Dólar e Ibovespa: Análise de Mercado e Expectativas para 2025
Dólar: Fechou o mês com uma queda acumulada de 5,54%, refletindo um cenário de incertezas globais e locais. Ao longo do mês, a moeda chegou a cotar R$ 5,8107 na mínima do dia, e a tendência de queda continua.
Ibovespa: O índice acionário da B3 registrou uma leve queda de 0,61%, fechando aos 126.135 pontos. Contudo, no acumulado do mês, o índice registrou um ganho de 5,51%.
O Impacto das Decisões de Política Monetária e Falas de Lula
O cenário no Brasil também segue sendo impactado pelas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Suas falas sobre a política fiscal, as contas públicas, e a liderança de Galípolo no Banco Central ainda repercutem no mercado. Lula enfatizou sua responsabilidade fiscal, enquanto o mercado observa com cautela as suas afirmações sobre medidas fiscais futuras.
No cenário internacional, o índice PCE dos Estados Unidos, indicador preferido do Federal Reserve (Fed), subiu 0,3% em dezembro, acumulando alta de 2,6% em 2024. Esse dado reforça as expectativas de juros elevados nos EUA.
Inflação e Juros nos EUA: Expectativas para o Mercado Global
A inflação nos Estados Unidos continua sendo uma preocupação, com o Fed mantendo sua postura cautelosa. O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que a taxa de juros pode continuar elevada, com a expectativa de que o banco central continue atento aos movimentos políticos no cenário global, incluindo o impacto potencial das políticas econômicas do novo presidente, Donald Trump.
O Que Esperar em Fevereiro?
O mês de fevereiro promete manter os mercados financeiros em movimento, com a continuidade das discussões sobre taxas de juros e política monetária. A inflação e o mercado de trabalho no Brasil continuam sendo pontos de atenção, enquanto no cenário internacional, o Fed pode seguir impactando o fluxo de capitais com suas decisões.
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