Relatório do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) Destaca Riscos Imediatos no Morro de Santo Antônio
Em um relatório técnico divulgado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a situação do Morro de Santo Antônio, localizado em Santo Antônio do Leverger, a apenas 35 km de Cuiabá, levanta graves preocupações sobre a segurança dos visitantes. Uma vistoria, realizada em 3 de janeiro de 2025, revela a presença de processos erosivos avançados, que, agravados pelas condições climáticas e pela ausência de medidas preventivas adequadas, representam um risco iminente.
1. Erosões Aceleradas: Impacto das Chuvas Agravado pela Falta de Proteção do Solo
O relatório, elaborado pelo engenheiro florestal José Guilherme Roquette, evidencia a evolução acelerada das erosões, principalmente durante o período chuvoso, causada pela falta de medidas efetivas de proteção do solo. A obra de drenagem das águas pluviais realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) não foi suficiente para mitigar os danos causados pelas chuvas intensas. A falta de biomantas ou outras técnicas de contenção de sedimentos piorou a situação, com erosões visíveis ao longo de 750 metros de estrada coberta por aterro.
2. A Interdição Inadequada e a Falta de Sinalização: Falhas na Gestão de Acesso
A interdição do Morro de Santo Antônio pela Sinfra não tem se mostrada eficaz para evitar o acesso de veículos, bicicletas e pedestres. O relatório do MPMT inspirou a presença de visitantes em áreas não autorizadas, incluindo o topo do morro, diminuindo a falta de fiscalização adequada. Mais preocupante ainda é a ausência de placas informativas, que poderiam alertar os visitantes sobre o risco de acesso.
3. Falta de Estruturas de Apoio: Ausência de Corrimões e Vegetação de Apoio
Outro ponto crítico apontado no relatório é a ausência de estruturas de apoio aos visitantes, como corrimões ou vegetação nativa que poderiam ajudar a minimizar os riscos de quedas. Um vistoriante lembrou que, em 5 de janeiro, uma mulher sofreu um acidente enquanto realizava a trilha no local. A falta de elementos básicos de segurança em um ambiente natural tão desafiador é uma falha grave na gestão do local.
4. A Falta de Proteção no Solo: Perigo Imediato para a Integridade da Área
A vistoria revelou que a intervenção realizada pela Sinfra deixou o solo completamente desprotegido numa área de 2,97 hectares, abrangendo desde o estacionamento até à praça prevista no topo do morro. O solo exposto está sujeito à erosão, o que pode agravar ainda mais o risco para os visitantes e comprometer a integridade ambiental do local.
5. Recomendação de Medidas Emergenciais: Proteção e Sinalização Urgentes
Diante da situação alarmante, o relatório do MPMT recomenda a adoção de medidas emergenciais para proteger o Morro de Santo Antônio. Entre as ações sugeridas estão a fixação de biomantas e retentores de sedimentos, a plantação de espécies nativas da região e a instalação de placas de advertência sobre os riscos de acesso e segurança. Essas intervenções são consideradas essenciais para evitar danos maiores e garantir a segurança de todos os visitantes.
MPMT Aponta Necessidade Urgente de Ações para Salvaguardar a Segurança no Morro de Santo Antônio
O relatório do MPMT coloca em evidência falhas graves na infraestrutura de segurança do Morro de Santo Antônio. Com erosões aceleradas, falta de sinalização e ausência de apoio físico adequado, a situação exige uma resposta imediata da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) para evitar novos acidentes e proteger o patrimônio natural da região.