Em uma coletiva de imprensa realizada em 7 de janeiro de 2025, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas, revelando intenção de tomar o Canal do Panamá e a Groenlândia, além de sugerir a anexação do Canadá. Trump também afirmou que mudará o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, alegando que os Estados Unidos realizarão “a maior parte” do trabalho na região. Ele disse que usará a força econômica, incluindo tarifas e avaliações, para atingir seus objetivos.
Canal do Panamá
O Canal do Panamá, inaugurado em 1914 e controlado pelos EUA até 1999, permite a passagem de navios entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Trump criticou as taxas cobradas pelo Panamá e especificamente o risco de influência chinesa na região, defendendo a importância estratégica do canal para os EUA. A resposta do governo panaminho foi clara: a soberania do país sobre o canal não está em discussão.
Groenlândia
A Groenlândia, apesar de fazer parte do Reino da Dinamarca, tem um governo independente desde 2009. Trump, que já tentou comprar a ilha durante seu primeiro mandato, reafirmou a importância da Groenlândia para a segurança dos EUA, devido à sua localização estratégica e recursos naturais. No entanto, a população groenlandesa rejeitou a ideia de ser comprada, e as autoridades dinamarquesas também reiteraram que o território não está à venda.
Canadá
Trump sugeriu que o Canadá deveria se tornar o 51º estado dos EUA, argumentando que isso eliminaria tarifas e simplificaria a segurança financeira dos dois países. Embora sua declaração tenha sido recebida com críticas, principalmente de líderes canadenses, Trump continuou a afirmar que os EUA gastaram grandes quantias para proteger o Canadá. Ele também aumentou as tarifas sobre produtos canadenses.
Golfo do México
O Golfo do México, que banha os EUA, México e Cuba, é uma região importante para comércio e pesca, além de ser rica em petróleo. Trump propôs mudar o nome da região para “Golfo da América”, alegando que os EUA são os responsáveis pela maior parte do trabalho na área. A proposta gerou questionamentos sobre seus interesses e os impactos legais dessa mudança.
Implicações e Reações
As ameaças de Trump e sua agenda imperialista foram vistas com preocupação internacional. A Associated Press apontou que o presidente eleito tem se focado mais em uma agenda expansionista do que em questões internas. A proposta de anexação do Canadá, por exemplo, foi amplamente rejeitada pelo governo de Justin Trudeau, que afirmou que isso é “impossível”. Além disso, as respostas tanto da Groenlândia quanto do Panamá indicam que os interesses de Trump são improváveis de serem bem-sucedidos sem resistência.
As declarações de Trump refletem sua abordagem agressiva na política externa, com a utilização de poder econômico e, possivelmente, militar, para atingir objetivos territoriais e estratégicos. Embora a maioria dos líderes e países sejam afetados pelas ideias de Trump, eles mostram uma postura de domínio e assertividade que pode gerar prejuízos diplomáticos nos próximos anos.