O CEO da companhia aérea sul-coreana Jeju Air, Kim E-bae, foi proibido de deixar o país enquanto as investigações sobre a queda e explosão do Boeing 737-800 da empresa estão em andamento. O acidente, ocorrido em 28 de dezembro de 2024, resultou na morte de 179 pessoas, deixando apenas dois sobreviventes. A polícia foi imposta pela polícia da província de Jeolla do Sul, onde o acidente ocorreu na cidade de Muan, na Coreia do Sul. A medida é uma parte das investigações que buscam esclarecer as causas do trágico evento.
O Acidente
A aeronave da Jeju Air, que partiu de Bangkok, em Tailândia, com 181 pessoas a bordo, se acidentou ao tentar embarcar no Aeroporto de Muan. O acidente ocorreu por volta das 9h, horário local (21h de sábado, 28 de dezembro, no Brasil). O voo 7C2216, um Boeing 737-800, foi alertado sobre as possíveis alterações com detalhes momentos antes do piloto declarar uma emergência.
- Pouso e Colisão com Pássaros: O piloto relatou uma colisão com pássaros minutos antes de o avião atingir uma parede de concreto no final da pista, o que provocou uma explosão de aeronave. O alerta de “Mayday”, um sinal de emergência, foi emitido pelo piloto, que também informou sobre as consequências com pássaros, um fator raro, mas possível, em acidentes aéreos.
- Cronologia dos Eventos:
- 8h54 – O controle de tráfego aéreo do aeroporto de Muan autoriza a aeronave a terraplanagem.
- 8h57 – Emissão de alerta de “cuidado – atividade de pássaros”.
- 8h59 – O piloto declara emergência e informa sobre as consequências com pássaros.
- 9h00 – O piloto inicia manobra de arremetida e solicitação de pouso em outra pista.
- 9h02 – O avião toca a pista, mas não consegue frear, progredir, ultrapassando o final da pista e colidindo com o muro de concreto.
- 9h03 – O choque com a parede causa uma explosão imediata, resultando na morte de 179 pessoas.
- Sobreviventes: Apenas duas pessoas sobreviveram ao acidente, sendo resgatadas com danos e levadas para instalações médicas temporárias.
Investigações e Buscas
As autoridades sul-coreanas estão conduzindo uma investigação rigorosa sobre as causas do acidente, com o apoio do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB). O gravador de dados de voo (caixa-preta) foi recuperado e está sendo desenvolvido para fornecer mais detalhes sobre os sistemas do avião antes do acidente.
- Muro de Concreto no Final da Pista: Um dos principais focos da investigação é entender por que havia um muro de concreto no final da pista onde o avião pousou, já que a presença desse obstáculo pode ter contribuído para a gravidade do acidente.
- Conduta do CEO da Jeju Air: Kim E-bae, CEO da Jeju Air, foi impedido de deixar o país enquanto a investigação prossegue. A medida visa evitar qualquer interferência no processo investigativo e garantir que o responsável pela gestão da companhia aérea possa ser questionado se necessário.
Questões Técnicas e Desafios na Investigação
- Pouso sem Trem de Pouso: Uma aeronave aparentemente aterrissou sem o trem de pouso totalmente acionado, o que é um indicativo de falha no sistema de aterrissagem. No entanto, ainda não é claro se a falha do trem de pouso tem relação direta com as consequências com pássaros.
- Colisão com Pássaros e Explosões: A colisão com pássaros não costuma ser suficiente, por si só, para causar acidentes fatais em aeronaves comerciais, mas a combinação com outros fatores, como a velocidade elevada ao subterrâneo e a falta de frenagem adequada, pode ter contribuído para ó desastre.
- Exame dos Sistemas de Frenagem: Especialistas em aviação afirmam que as imagens do acidente indicam que os sistemas de frenagem não foram ativados corretamente, o que teria feito com que a aeronave não desacelerasse corretamente durante o pouso, exacerbando o impacto e a explosão.
Investigações Adicionais
A investigação continuará a analisar o que aconteceu nos momentos anteriores ao acidente e se há outros fatores envolvidos, como falhas técnicas no sistema do Boeing 737-800, a possibilidade de falha humana ou a interação de diversos elementos que causaram o desastre.
- Participação do NTSB: Uma investigação será liderada pela Coreia do Sul, com a participação do NTSB, que fará uma análise detalhada da causa do acidente, incluindo a investigação dos sistemas de segurança e funcionamento do Boeing 737-800.
- Inspeção dos Aviões Boeing 737-800: A Coreia do Sul iniciou uma inspeção especial em todos os aviões Boeing 737-800 em operação no país. Um total de 101 aeronaves desse modelo estão em operação pelas companhias aéreas sul-coreanas, e o objetivo é identificar qualquer problema técnico que possa ter contribuído para o acidente.
Impacto na Aviação e Medidas de Segurança
Este acidente é o mais mortal da história da aviação da Coreia do Sul e coloca em destaque a importância das medidas de segurança, prevenção de colisões com pássaros e manutenção rigorosa dos sistemas de aeronaves, especialmente em condições adversas. A Jeju Air, que é uma das principais companhias aéreas low-cost do país, está sob intenso escrutínio, e o futuro da empresa e seus processos de segurança serão revistos à medida que a investigação se desenrolar.
O acidente também levanta questões sobre o impacto do ambiente operacional nos aeroportos e a necessidade de maior controle sobre os obstáculos e infraestruturas localizadas nas proximidades das pistas de pouso.
Embora as causas exatas do acidente ainda não tenham sido totalmente esclarecidas, uma combinação de fatores, como detalhes com pássaros, falha no trem de pouso e sistemas de frenagem, estão sendo investigadas de perto. Com a participação do NTSB e a coleta de dados da caixa-preta, esperamos que a investigação forneça respostas mais concretas nos próximos meses. Enquanto isso, a Jeju Air enfrenta um período de intensa revisão e reavaliação de suas operações para garantir que tragédias como esta não se repitam.